Sim. Quanto maior o prazo para o vencimento, mais sensível é o preço do título às alterações nas taxas de juros.
Como o preço do título é o valor presente do fluxo descontado a uma taxa, para títulos do mesmo tipo, quanto maior o prazo até o vencimento, mais o preço (valor presente do fluxo) varia quando há alteração nas taxas de juros. Assim, dada uma variação na taxa de juros, o título com maior prazo até o vencimento tem alterações no preço de forma mais intensa.
Veja no gráfico abaixo que, quando a taxa de juros da economia cai (linha azul), os preços dos títulos aumentam. No entanto, o preço do Tesouro Prefixado 2014 (linha amarela) aumenta menos que o preço do Tesouro Prefixado 2018 (linha verde).
Assim, papéis curtos têm menor volatilidade de preço, mas têm maior risco de reinvestimento, que é o risco de você não conseguir investir novamente nesse título sob as mesmas taxas existentes quando da aplicação anterior. Por exemplo, suponha que existam dois títulos, sendo o primeiro a 1 ano do seu vencimento e o segundo a 2 anos, ambos com a mesma rentabilidade anual.
Se o investidor preferisse comprar o título com 1 ano e no seu vencimento comprar outro de 1 ano, em vez de comprar o título de 2 anos, ele pode não encontrar no segundo ano esse título de 1 ano com as mesmas taxas existentes quando da primeira compra. Este é um trade-off que o investidor deve assumir: fazer a sua melhor escolha entre volatilidade versus risco de reinvestimento.
Resumindo:
Não é possível afirmar se haverá perda ou ganho financeiro no caso de venda antecipada, pois isso dependerá das condições de mercado na referida data de venda.
Vale lembrar, entretanto, que se o investidor permanecer com os títulos até a sua data de vencimento, receberá o valor correspondente à rentabilidade pactuada no momento da compra, independente das variações de preço do título ao longo da aplicação.
Fonte: Tesouro Direto